Gesto

Matheus Santos para sempre no Pelotense

Pai de aluno que faleceu em 2017, vítima de câncer, confecciona placa para ser colocada no Colégio que o filho tanto gostava

Jô Folha -

Um menino feliz, carinhoso, receptivo às diferenças e, principalmente, apaixonado pelo Colégio Municipal Pelotense. Esse foi Matheus Mortagua Santos. Vítima de um câncer no cérebro, ele estará em breve eternizado no local onde estudava: o pai, Paulo Roberto Santos, produziu uma placa que será colocada em um corredor da escola.

Com o uniforme da escola que Matheus utilizava, em que se encontram os nomes de todos os colegas, Santos conta que o filho ingressou na escola em 2012, então com seis anos. "Nós moramos na avenida Ferreira Viana. Apesar da distância, resolvi colocá-lo no Pelotense por saber que aqui as pessoas são tratadas com carinho", diz. "Cada vez que a gente entrava, era um motivo de alegria. Ele ficava feliz porque aqui se sentia em casa. O Matheus sempre foi um menino que gostou de todo mundo. Então ele achava incrível que, no lugar em que estudava, todos eram tratados da mesma forma", complementa.

O menino estudou no colégio até o 4º Ano, quando foi diagnosticado com câncer no cérebro e teve de ficar um ano e meio no hospital Santo Antônio, em Porto Alegre. Lá, fazia questão de contar, orgulhoso, que estudava no maior colégio municipal da América Latina. "Ele falava para todo mundo e pegava o celular para mostrar onde ficava a escola, como ela era por dentro. Batia no peito e dizia que era gato pelado."

E foi em um sonho que o filho veio e pediu para que o pai homenageasse o Pelotense. Daí surgiu a placa que Santos fez, com uma foto de Matheus e uma mensagem de bênção todos os dias. "Não tive como não fazer, pois sempre fomos muito felizes aqui. É uma homenagem para o meu menino, mas é também para o colégio. E a partir de hoje eu digo com certeza: o Pelotense é meu irmão. Estarei sempre à disposição para erguer a mão a quem deu amor, carinho e consideração ao meu filho."

A placa ficará no corredor que leva até a biblioteca da escola, adianta a diretora das Séries Iniciais, Patrícia Farias. Assim, todos os ex-colegas de Matheus poderão vê-la sempre que quiserem. "Foi uma surpresa positiva e emocionante. Perdemos outros alunos, mas esse tipo de homenagem, com tanto apreço pelo Pelotense, é a primeira vez que é feito."

Um menino iluminado
Matheus era uma criança comum da sua geração, comenta Paulo Roberto Santos. Na escola, gostava de fazer as atividades propostas, de pintar e de participar das peças de teatro apresentadas. Em casa, o passatempo predileto era o videogame, claro, e a informática.

A professora Rosimeri Osório, que deu aula para Matheus na pré-escola, lembra que ele era um menino respeitoso e inteligente. "Um aluno que todo professor gostaria de ter em sala de aula. Tranquilo, amigo dos colegas. Ficava na dele, mas brincava muito e era esperto. Entendia tudo o que a gente apresentava."

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